sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

a inspiração... segundo dois pontos de vista.

isto do design de interiores tem muito que se lhe diga. eu gosto de o levar a sério. passo horas a investigar, pois acredito que só assim poderei criar um melhor resultado.
uma vez, encontrei esta maravilha.





















a livraria Lello & Irmão surge no ano de 1869, na Rua dos Clérigos, no Porto. considerada a terceira mais bela livraria do mundo, mantém as suas características arquitectónicas até hoje, que remetem do estilo Arte Nova. é um estabelecimento que se difere das livrarias generalizadas convencionais, pois o espaço em que se desenvolve mantém as suas características originais. as imagens dos seus interiores mostram um espaço não muito amplo, com os elementos decorativos curvilíneos em contraste com as formas rectas dos livros. tem, no piso inferior, expostos alguns livros muito próximos do chão. a meu ver, é pouco cómodo para o visitante, pois estes já se encontram longe do ângulo de visão de um indivíduo de estatura mediana. agravando esta situação, estão também os corredores estreitos, que não permitem uma passagem “confortável” (principalmente no piso inferior).
isto, foi aquilo que escrevi antes de visitar a livraria Lello. depois de ter vivenciado aquele espaço, a minha opinião mudou um pouco.



quem visita a livraria Lello não procura um livro. quem visita a Lello quer viver uma experiência única. quer olhar em volta, ver todos dos detalhes: os vitrais, os tectos esculpidos, as escadaria no centro da loja. os livros estão por todo o lado, as passagens são estreitas e estão constantemente a circular turistas e curiosos. os funcionários não vendem livros. bom, talvez vendam um ou outro, mas o que eles fazem é alertar os clientes: 'no photo, please!'
apesar disto, passear na livraria Lello maravilhou-me. os meus olhos correram todos os detalhes, e apesar daquela pequena livraria estar caótica, adorei a experiência e não vou certamente esquecê-la tão cedo (até porque para a encontrar foi uma aventura! :P)
o meu olhar de designer leva-me a querer conhecer sítios novos, e revisitá-los depois de ter lido sobre eles. a internet até pode fazer maravilhas, mas nada substitui uma visita a sério. vivemos mais, e compreendemos melhor o que nos rodeia.

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